Blog

A vida dentro de nós

Fomos habituados a mover-nos ao ritmo do relógio e do calendário e esquecemo-nos do que somos verdadeiramente feitos. Perdemo-nos algures entre medos e regras, obediências e bajulação, mentiras e carência, e não entendemos porque descemos do nosso céu para vir morar aqui em baixo. Permitimo-nos acreditar naquilo que não tem nada a ver connosco e agora temos dificuldade em crer em coisas diferentes, coisas que nos fazem sentir aquilo que já não sabemos sentir. Morremos um pouco a cada dia com a ideia de que estamos a viver e desaprendemos a maravilhar-nos com as coisas mais simples da vida. Se não ousarmos mudar tudo isto dentro de nós, nada vale mais do que aquilo que nunca valeu. A morte vai ter a cor da vida, uma cor sem luz, uma tonalidade de felicidade deixada escapar, de medo tornado hábito. Se não mudarmos nada, tudo vai piorar. Se não activarmos a vida dentro de nós, vamos morrer sem na verdade ter alguma vez nascido.

 

Texto extraído do meu livro “Entre muitas verdades e alguns segredos” – Fevereiro 2018

Comentários (0)

Publicar um Comentário